04 abril 2017

Do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa


"O maior acontecimento da História da humanidade é a Encarnação, Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. 

Depois da Encarnação e Morte cruel de Jesus na Cruz, ninguém mais tem o direito de duvidar do amor de Deus pela humanidade. Disse o próprio Jesus que “Deus amou a tal ponto o mundo que deu o seu Filho Único para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3, 16) 
São Paulo explica a grandeza desse amor de Deus por nós com as palavras aos romanos: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós… Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.” (Romanos 5,8-10)
Nisto vemos o quanto Deus ama, valoriza, respeita o homem. O Verbo divino se apresentou diante do Pai e se ofereceu para salvar a sua mais bela criatura, gerada “à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1, 26)."
Prof. Felipe Aquino
DOMINGO DE RAMOS 




O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada 
Triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.  
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.


QUARTA-FEIRA SANTA 



Procissão do encontro 
 Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa. 
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras", fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.


QUINTA-FEIRA SANTA


Santos óleos 
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos. 
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.  

Lava-pés 
O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor. 
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. 
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus. 

Instituição da Eucaristia 
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores. 
A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris", que significa "ação de graças", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.  

Instituição do sacerdócio 
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, "durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'." (cf. Mt 26,26). 
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia. 

SEXTA-FEIRA SANTA

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.


Via-sacra 
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis. 



SÁBADO SANTO

O Sábado Santo não é um dia vazio, em que "nada acontece". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – "Por que me abandonaste?" –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: "tudo está consumado!".

Vigília Pascal
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. 
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa. 




Bênção do fogo
Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.  
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

Procissão do Círio Pascal 
As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: "Eis a luz de Cristo!". Todos respondem: "Demos graças a Deus!". 
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão. 

Proclamação da Páscoa 
O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. 
Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas. 

Liturgia da Palavra 
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. 
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27). 

Liturgia Batismal 
A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação. 
Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida. 

Ladainha de todos os santos 
Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado. 

Bênção da água batismal 
Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado. 
A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados. 

Renovação das promessas batismais 
Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo. 
Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis. 

Liturgia Eucarística 
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração. 



É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. 
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.


FONTE: http://noticias.cancaonova.com/infografico/semana-santa/

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